Especializado em boxe olímpico com várias passagens pela seleção brasileira e filho de Servílio de Oliveira (até hoje único medalhista olímpico do Brasil na modalidade nos Jogos do México, em 1968), o treinador Gabriel de Oliveira integra a equipe de Vitor Belfort para o desafio contra o norte-americano Anthony Johnson no UFC Rio 2, tem a responsabilidade especial de aperfeiçoar habilidades no grande carro-chefe do atleta.
Apos período de treinos em Las Vegas (EUA), Oliveira está no Brasil desde quarta-feira (4) para finalizar os treinamentos até o evento, que acontece dia 14, no HSBC Arena. Neste bate-papo exclusivo com o Casca-Grossa, blog parceiro da TATAME no Yahoo!, contou detalhes do preparo e prometeu um Belfort “totalmente renovado” na nova empreitada.
“Já nos conhecíamos há algum tempo, quando ele (Belfort) passou pelo boxe. Nos encontramos por acaso ano passado, em São Paulo. Ele lembrou de mim, treinamos um pouco e surgiu o convite. Fui para ficar inicialmente 10 dias, mas já estou há dois meses”, contou o técnico.
Segundo Oliveira, foi o estilo de trabalho voltado para as minúcias do pugilismo olímpico o fato que mais chamou atenção do carioca para suprir algumas carências técnicas. Basicamente um lutador de ataque, Belfort queria mais dinâmica e também criar atalhos para serem usados como alternativas à sua velocidade de golpes e explosão características.
“Foi aí que afinamos todo trabalho, com base na movimentação mais detalhada, golpes de encontro e contragolpes em média e longa distância, que ele não usava até então”, emendou Oliveira, que também analisou brevemente o estilo de Johnson, adversário da vez no dia 14.
“É lutador de carga, mas também se expõe muito com cruzados e outros golpes muito abertos. Uma de nossas táticas será aproveitar o timing correto e justo nestes espaços, com potência adequada para nocautear”, avaliou.
Sobre planos futuros, Oliveira disse deve encabeçar a nova equipe exclusiva de MMA que está sendo montada pelo lutador carioca, que no Brasil provavelmente será sediada em São Paulo. O profissional também encara a migração para o MMA como algo gradativo.
“Minha família é muito tradicional no boxe. Mas esta adaptação para o MMA tem de ser levada em conta atualmente por todos os profissionais dos esportes de combate. Temos de equilibrar o trabalho e conciliar modalidades. Creio que não estamos no meio de uma 'modinha'. As artes marciais mistas vieram para ficar”, afirmou.
Colaboração: Tatame
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