A crescente popularidade dos brasileiros Anderson Silva, Junior Cigano e José Aldo, campeões do UFC, pode ser podada por iniciativa do deputado federal José Mentor (PT-SP), em Brasília. Se depender do parlamentar, deveria ser proibida no Brasil qualquer transmissão, em TV aberta ou a cabo, do principal evento mundial de Mixed Martial Arts (MMA).
Pelo projeto de lei apresentado por Mentor, a restrição também valeria para quaisquer lutas não olímpicas consideradas violentas, mas resguardaria manifestações como a capoeira.
O projeto prevê pena de R$ 150 mil para a emissora de TV que desrespeitar a regra e até a perda do direito à concessão pública. Para o deputado, a ideia é coibir a "banalização da violência nos canais da televisão brasileira", que hoje chegaria ao "cúmulo de transmitir violentas lutas até mesmo em horários comuns às crianças e adolescentes (...) com o fito de saciar a sana de alguns, quase sempre em busca de fama e dinheiro fácil".
"No Brasil é proibida a rinha de galo. Então porque estamos permitindo a rinha humana, na forma de 'gladiadores do século XXI'?", questionou José Mentor ao pedir nesta semana apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para conseguir levar o texto à votação.
Em sentido contrário, o parlamentar de primeira viagem e ex-pugilista Acelino "Popó" Freitas (PRB-BA) tem mobilizado sua atividade como deputado para tentar transformar em lei temas como a própria regulamentação do MMA. Popó, que engrossa a lista de lutadores que se aventuraram por parlamentos ao redor do mundo - Antonio Inoki foi senador no Japão e Mirko Cro Crop ocupou um assento do Senado na Croácia - resume sua proposta em prol de eventos como o UFC.
"o MMA tem sido uma modalidade esportiva em expansão em todo o mundo, e o Brasil já é palco de inúmeros espetáculos de MMA, com milhões de aficionados em todo o País. As televisões, quer seja canais abertos, como canais fechados, tem tido milhões de telespectadores, com a geração de milhares e milhares de empregos, quer seja direto ou indireto."
Colaboração: Terra
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