Dana é o maior cartola do MMA mundial. Controla 9% da Zuffa, empresa dona do UFC. Entrou nessa meio que por acaso. Empresário de lutadores e amigo de infância dos irmãos milionários Lorenzo e Frank Fertitta, um dia Dana os convenceu a comprar o UFC. Primeiro, eles arquitetaram um plano para quase falir o evento. Depois, o arremataram a preço de banana.
A história foi abafada por pressão judicial de Dana e Lorenzo. Mas o fato aconteceu. No fim do ano 2000, a única saída para o UFC não falir era conseguir a licença da Comissão Atlética de Nevada para, enfim, promover eventos em Las Vegas, a capital das apostas nos Estados Unidos. Mas Lorenzo era da comissão e negou o aval para o UFC. Dois meses depois o evento estava à beira da falência e acabou vendido a míseros US$ 2 milhões ao próprio Lorenzo. Pouco depois o UFC passou a ser sancionado pela comissão de Nevada. Com a produção de um reality show anos mais tarde, o evento saiu do vermelho e hoje vale cerca de US$ 2 bilhões.
O império montado pela Zuffa a partir da quase falência do UFC não parou de crescer desde então. Eventos que ousaram fazer concorrência foram abocanhados. O primeiro foi o Pride, em seguida o World Extreme Cagefighting e, mais recente, o Strikeforce. Resta agora tornar a sigla UFC mais conhecida que o próprio MMA. Parece exagero, mas também é fato. Meses atrás o campeão peso pena José Aldo participou do Corujão do Esporte, um programa exibido na madrugada pela Rede Globo. Pouco antes de entrar no auditório para ser entrevistado, o atleta recebeu uma orientação um tanto quanto estranha da diretora do programa. Foi pedido a ele para não pronunciar a sigla MMA. “Chame de UFC Combate”, explicou a direção do Corujão, conforme apurou este colunista.
A Rede Globo está apresentando o MMA a uma nova safra de telespectadores pouco familiarizada com esse esporte. Nos Estados Unidos, a Fox faz o mesmo. Se eventos ainda resistentes como o Bellator não vingarem mais, ficaremos todos nas mãos do UFC. Até a imprensa não terá mais quase nada a cobrir além do evento presidido por Dana. Perguntei ao vice-presidente do UFC na América Latina Jaime Pollack se visam comprar o Bellator. Ele jurou de pés juntos que não. Inclusive, chamou o concorrente de evento pequeno, o que é uma ilusão. Para quem tem a pretensão de promover 300 shows de lutas em um ano, alguns deles simultâneos, o monopólio é o único caminho. A conferir os próximos passos da maior liga de MMA do momento!
Colaboração: Guga no Blat
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