quinta-feira, 30 de junho de 2011

ED SOARES EXPLICA A TATAME O FIM DA PARCERIA COM JUNIOR CIGANO


Junior Cigano divulgou, através do seu Twitter oficial, que não é mais empresariado pela dupla Jorge Guimarães e Ed Soares – que também controlam a carreira de nomes como Anderson Silva, Rodrigo Minotauro, Lyoto Machida, José Aldo e Rogério Minotouro, entre outros.

Treinador de Boxe de Cigano, Luis Carlos Dórea confirmou a notícia em conversa com a TATAME. “Cigano está com outros planos, outro pensamento. Ed e Joinha ajudaram muito, a amizade continua, mas o momento era esse”, disse Dórea, garantindo que o término da parceria foi tranquilo. “Ele é jovem, mas tem uma cabeça muito boa. Ele está montando uma ótima estrutura”.

Procurado pela TATAME, Ed falou sobre o término da parceria, mas disse não saber o que motivou a decisão de Cigano. “Não teve muita conversa, foi isso. Ele é o capitão do barco dele, nós só estávamos lá para ajudá-lo a navegar... Se o cara quer levar outro caminho, quem sou eu? Eu era o empresário dele, não o pai”, conta Soares, no bate-papo que você confere abaixo:

O Cigano divulgou que não será mais empresariado por vocês. É verdade?

Está na boa, ele tomou a decisão que acha que vai ser melhor para a carreira dele. Não teve muita conversa, foi isso. Ele é o capitão do barco dele, nós só estávamos lá para ajudá-lo a navegar. Fizemos um ótimo trabalho, trazendo ele de onde ele estava para onde ele está hoje em pouco mais de dois anos, mas é a opinião de um e de outro. Ele quer tomar outro caminho. Se é assim que ele está se sentindo, vai com Deus.

Ele explicou o motivo?

Pra te falar a verdade, ele não me deu o motivo. Eu perguntei, mas ele não foi muito específico. A única coisa que ele falou é que a decisão dele foi feita. O que eu vou falar? Se o cara quer levar outro caminho, quem sou eu? Eu era o empresário dele, não o pai.

Você ficou chateado?

Claro que estou um pouco triste com a decisão... A gente trabalhou junto e fez tantas coisas boas juntos. Eu estava sentindo que era o início, mas a vida é assim. Não é a primeira vez que isso acontece no mundo da luta e garanto que não vai ser a última. Ele vai seguir o caminho dele e nós vamos seguir o nosso. Estou chateado, Joinha está chateado... Não sei se ele está, mas foi ele que tomou essa decisão. Agora, é bola pra frente.

Isso te pegou de surpresa?

Não foi uma surpresa completa para mim, não. Para te falar a verdade, por tudo o que vivemos no mundo da luta, é difícil sermos pego de surpresa. Não foi uma discussão, nada disso. Foi numa boa. Se o cara não quer trabalhar com a gente, como vamos forçar isso? Não vai ser uma relação boa. O trabalho que fizemos juntos foi um sucesso. Fizemos nossas obrigações, ele fez as deles dentro do octógono, e foi uma equipe que o ajudou a chegar lá. Vamos ver como vai ser agora. Espero que tudo dê certo para ele. Estou triste, se falasse que não estaria mentido, mas não desejo mal a ninguém.

Que balanço você faz dessa relação?

Me lembro de conhecer o Cigano antes de representá-lo... O conheci na Inglaterra, ele estava perdido no aeroporto. Ele veio falar comigo porque tinha me visto no ‘Passando a Guarda”. Ele estava lá porque tinha ido acompanhar o Crocotá. Eu o chamei, estava indo para o mesmo hotel, e assim nosso relacionamento de amigo começou. Depois, o assisti lutar no Brasil e me lembro dele como um “guri”, tinha 21, 22 anos. Ele sempre foi uma pessoa super legal, boa, mas quando você começa a crescer, ter sucesso, às vezes o pensamento muda um pouquinho, o que é normal, mas não de um jeito ruim. Vou tentar dar um exemplo em português, que nem sei se vai traduzir certo. Eu achei que o copo estava metade cheio, mas ele achou que estava metade vazio. Nenhum de nós estava mentindo. Eu ainda não sei realmente a razão que isso aconteceu, mas nesse momento não interessa muito. A decisão dele foi feita, e eu aceito. Vai com Deus.

A amizade permanece?

Claro, não vou tratá-lo mal, a gente fez parte da vida dele e não vou esquecer isso, e acho que ele também não. Boa sorte, e vai com Deus. Eu não quero mal dele, quero ver o sucesso dele, porque só vai confirmar que nosso pensamento de o que o Cigano poderia ser estava certo. Ele não era nosso primeiro campeão, e não vai ser nosso último. Isso acontece na vida, a gente tem que deixar rolar. Estou triste, com certeza, mas a vida é assim, não é sempre felicidade

Colaboração: Tatame.

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