Ele foi cercado pela imprensa, posou para fotos no octógono com o presidente Andrés Sanches e, na sequência, respondeu a algumas perguntas. Sempre cuidadoso, com poucas palavras. Sobre seu trabalho na academia, era monossilábico. Já em relação ao investimento realizado, na casa dos R$120 mil, nem abriu a boca. Só resolver falar quando o tema foi o objetivo da academia.
- Queremos fazer um trabalho social dentro do clube. Temos isso como meta e vamos trabalhar para que isso aconteça. Quando se fala de esporte, todo incentivo é bom. Outros clubes precisam tomar o Corinthians como exemplo para podermos tirar as crianças das ruas e das drogas.
O projeto é inédito no país. Pela primeira vez, um clube de futebol e o MMA se unem para investir em um centro de treinamento - o Vasco chegou a patrocinar atletas da modalidade no passado, mas não oferecia sua estrutura a eles.
- Nunca tive essa estrutura no começo de carreira. Agora, tudo é novo, tudo está acontecendo. E isso está acontecendo por causa do crescimento do esporte.
Apesar da vontade de Anderson, o projeto social só deve ter início em 2012. Até lá, o Corinthians quer estruturar o espaço, que antes era ocupado por bicicletas e aulas de spinning. No início, a proposta é atender amantes de luta que queiram entrar em forma. Para crianças, a única modalidade disponível será o jiu-jitsu.
- Criamos um centro em que as pessoas podem chegar aqui, ter todas as modalidades e buscarem apenas o bem-estar e também o cara que queira sair daqui um profissional. Pensamos futuramente em trabalhar com crianças de baixa renda e oferecer um futuro profissional. Ele não precisa se transformar em um lutador, pode virar um monitor ou professor - revela João Guilherme de Oliveira Costa, coordenador da "Academia Anderson Silva".
Se o empreendimento vingar, a ideia é que o Corinthians receba até 100 pessoas no local e tenha sua própria equipe de lutas.
- Teremos seis treinadores, entre boxe, jiu-jitsu, muay thai e MMA. A partir do momento em que o projeto estiver acontecendo, vamos dar início a uma equipe de competição. E aí pretendemos pagar salário e oferecer a estrutura para treino - completa João Guilherme.
Confira o video onde o "Spider" fala sobre o projeto:
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